terça-feira, 16 de setembro de 2008

A PSICOPATIA E A CRIMINALIDADE


Cada vez que chegamos em casa, ligamos a televisão, lá vêem os repórteres dos programas jornalísticos, derramando nos nossos olhos e ouvidos, um monte de notícias sobre crimes, assaltos, golpes, seqüestros, pais que esquartejam filhos como o caso de Ribeirão Pires/São Paulo para serem felizes, políticos corruptos que roubam os cofres públicos divertindo-se com o dinheiro de impostos que saem de seu suado salário, dentre outras coisas. Indignação, é que sentimos. Mas não é só isso, há um sentimento de desconforto e impotência que brota de dentro e causa uma profunda revolta e nós, sabemos, nada podemos fazer. O que leva uma pessoa a matar, quais as razões? Essa é a pergunta que não quer calar. Hoje não se falar em razão e sim em fatores biopsicosocial, mais será que só isso explica os últimos acontecimentos, certamente que não. A preocupação com a criminalidade nunca foi tão grande. Vemos abismados, relatos que descrevem atos gratuitos de violência muitas vezes, cometidos por pessoas jovens em busca de algum dinheiro. Pessoas de classes pobres, média e às vezes, porque não, classe A. Esse dinheiro muitas vezes vai servir para a aquisição de drogas, álcool e objetos de consumo quase sempre inúteis. Logo, numa tentativa de explicar a situação, nós culpamos a educação, a ignorância, a pobreza, policia ineficiente, políticos estúpidos etc. Concordo que esses elementos têm um papel significativo no estado atual das coisas. Mas acho que não é só isso. Pensar dessa forma, é como ver meia dúzia de detalhes de uma foto para defini-la, enquanto esquecemos de ver a imagem como um todo. Nós temos pontos importantes para pensar na criminalidade que é Transtorno de Personalidade Anti-social. Também conhecidos como psicopatas, essas pessoas sofrem de uma incapacidade de estabelecer conexões emocionais com os demais à sua volta. Para eles as regras sociais não têm nenhuma força de constrangimento e a idéia de um bem comum (noção de comunidade) é apenas uma questão absolutamente inconveniente. São pessoas que estão no limiar entre a sanidade e a loucura, são frios, calculistas, impulsivos. Calcula-se que de 2 a 3% da população em geral, é portadora desse transtorno de personalidade. A psicopatia não é uma patologia restrita aos bandidos e marginais como podem pensar algumas pessoas (Veja o filme: Dormindo com o Inimigo). Muitos psicopatas vivem à nossa volta e freqüentemente nos assustam com suas atitudes egoístas, cruéis e desumanas e com vulnerabilidade para a criminalidade.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

MANÍACO DE GUARULHOS – “SOUVENIR MACABRO”


Os atos de violência contra as pessoas por motivos sexuais constituem uma parte importante de todos os delitos sérios e podem chegar às formas mais desumanas de assassinato. O crime por prazer constitui casos extremos de sadismo, onde a vítima é assassinada e às vezes mutilada, com o propósito de provocar gratificação sexual ao criminoso, o qual normalmente consegue o orgasmo mais pela violência do que pelo coito.
O mais novo Serial Killers é denominado Maníaco de Guarulhos um jovem de 19 anos que tinha como perfil abordar as vítimas em suas próprias casas ou na residência onde elas trabalhavam. Com uma boa lábia apresentava-se como funcionário de uma empresa de água ou esgoto ou se oferecendo para comprar um imóvel à venda, com a permissão das vítimas entrava em casa violentando-as e as estrangulando com um pano ou peça de roupa. Como em uma peça de teatro ele ria enquanto executava o ato, chegando ao gozo, não usava arma, ao final como “souvenir macabro” praticava pequeno furto, levando algo da vítima, como um troféu.
Segundo o assassino, teria feito cerca de 50 vítimas. Usuário de crack selecionava algumas vítimas que utilizassem à droga, como todo Psicopata, mostrou-se bastante frio, sem ter muita explicação para o seu ato. Sua carreira criminosa começou por volta dos 17 anos.
Não poderia deixar de comentar sobre esse caso neste blog, pois falar dos Seriais Killers sempre me impressiona, principalmente com a perversidade deles e também com sua criatividade. Os atos dos assassinos seriais respondem a uma pulsão sexual que tende a repetir como o ato sexual por isso o ato do matador em série, variando de acordo com suas fantasias.
O grande público gosta da expressão serial killer, que para todos evoca o filme de terror, o assassino estranho por sua monstruosidade, sua desmedida e sua ferocidade. Entretanto só é possível entender esse criminoso se for apreendida a lógica do crime, a lógica do ato. Não se pode elucidar o enigma da repetição sem entender primeiramente o mecanismo do primeiro ato, só a partir daí participaremos da encenação da representação da sua própria vida, e como representa seu próprio personagem. Compreenderemos que se trata precisamente da encenação de uma fantasia macraba.