Cada vez que chegamos em casa, ligamos a televisão, lá vêem os repórteres dos programas jornalísticos, derramando nos nossos olhos e ouvidos, um monte de notícias sobre crimes, assaltos, golpes, seqüestros, pais que esquartejam filhos como o caso de Ribeirão Pires/São Paulo para serem felizes, políticos corruptos que roubam os cofres públicos divertindo-se com o dinheiro de impostos que saem de seu suado salário, dentre outras coisas. Indignação, é que sentimos. Mas não é só isso, há um sentimento de desconforto e impotência que brota de dentro e causa uma profunda revolta e nós, sabemos, nada podemos fazer. O que leva uma pessoa a matar, quais as razões? Essa é a pergunta que não quer calar. Hoje não se falar em razão e sim em fatores biopsicosocial, mais será que só isso explica os últimos acontecimentos, certamente que não. A preocupação com a criminalidade nunca foi tão grande. Vemos abismados, relatos que descrevem atos gratuitos de violência muitas vezes, cometidos por pessoas jovens em busca de algum dinheiro. Pessoas de classes pobres, média e às vezes, porque não, classe A. Esse dinheiro muitas vezes vai servir para a aquisição de drogas, álcool e objetos de consumo quase sempre inúteis. Logo, numa tentativa de explicar a situação, nós culpamos a educação, a ignorância, a pobreza, policia ineficiente, políticos estúpidos etc. Concordo que esses elementos têm um papel significativo no estado atual das coisas. Mas acho que não é só isso. Pensar dessa forma, é como ver meia dúzia de detalhes de uma foto para defini-la, enquanto esquecemos de ver a imagem como um todo. Nós temos pontos importantes para pensar na criminalidade que é Transtorno de Personalidade Anti-social. Também conhecidos como psicopatas, essas pessoas sofrem de uma incapacidade de estabelecer conexões emocionais com os demais à sua volta. Para eles as regras sociais não têm nenhuma força de constrangimento e a idéia de um bem comum (noção de comunidade) é apenas uma questão absolutamente inconveniente. São pessoas que estão no limiar entre a sanidade e a loucura, são frios, calculistas, impulsivos. Calcula-se que de 2 a 3% da população em geral, é portadora desse transtorno de personalidade. A psicopatia não é uma patologia restrita aos bandidos e marginais como podem pensar algumas pessoas (Veja o filme: Dormindo com o Inimigo). Muitos psicopatas vivem à nossa volta e freqüentemente nos assustam com suas atitudes egoístas, cruéis e desumanas e com vulnerabilidade para a criminalidade.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
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