sábado, 2 de agosto de 2008

O A, B, C da perversidade


O que o crime do esquartejador de Goiânia tem de diferente do outros crimes? Nada, certamente, ou tudo.
Aliás, Goiânia está ficando famosa por entrar nas páginas dos noticiários, primeiro pelo caso da empresária torturadora, depois, o caso de pedofilia, e agora chega ao ápice ao ter como membro de sua população, um esquartejador.
Olha que honra! Isso é para poucos!
E o Brasil está se tornando um especialista em crimes cruéis, no Rio de Janeiro, o caso do João Hélio, em São Paulo, o da Isabella e agora o de Goiânia.
Mas, voltando ao meu questionamento inicial, o que será que esse crime de Goiânia tem de diferente dos outros? Nada, afinal, casos com as mesmas características já haviam ocorrido no Brasil.
Quem não se lembra do crime cometido pelo então ator Guilherme de Pádua em 1992, em que ele e sua ex-mulher Paula Thomaz mataram a tesouradas a atriz Daniella Perez.
Guilherme de Pádua, hoje pastor da Igreja Evangélica, ajudou autora Glória Perez e o ator Raúl Gazolla respectivamente, mãe e marido da vítima a procurar por Daniella. Foi ao enterro, com direito até a choro, e de novo faço esse questionamento, agora de uma maneira diferente: o que esses dois crimes têm de parecido? É simples: primeiro, a frieza de ambos, o esquartejador de Goiânia após cometer o crime foi ao show da Mulher Melancia. Guilherme de Pádua foi correr na praia de Copacabana de sunga.
O segundo motivo: O egocentrismo de ambos. Mohamed tinha como objetivo casar para conseguir a cidadania inglesa. Guilherme de Pádua queira continuar com seus 15 minutos de fama, por isso tinha medo de ter seu papel rebaixado, pois quem se lembra da novela “De Corpo e Alma”, o casal Bira e Yasmin estavam terminando o namoro por causa de ciúmes, exatamente no dia em que ocorreu o homicídio, ou seja, as pessoas para Guilherme e Mohamed são como peças de um jogo de xadrez: Se não servem, se não atingem o objetivo designados por eles, as eliminam.
Outra coisa de parecido é o objeto pérfuro-cortante utilizado por ambos: a faca e a tesoura, que em Psicanálise são objetos substitutos do falo (pênis), que significa a falta, levando a quem comete o ato ao gozo.
E o retalhamento e o esquartejamento em que é submetido o corpo da vítima? São atos profanos, por diversas formas, terminando quase sempre por sua ocultação, quem sabe em uma mala, aí depende da criatividade do autor.

Um comentário:

maga disse...

FICO MUITO SATISFEITA EM SABER QUE, AGORA TEREMOS UMA FORMA DE OLHAR E NOS INFORMAR SOBRE ESTE TEMA ! UMA ÓTIMA IDÉIA E UMA GRANDE AQUISIÇÃO PARA QUEM PROCURA INFORMAÇÕES QUE AGORA SERÃO FORNECIDAS POR QUEM ESTUDA E ENTENDE DO TEMA ;PESSOAS QUE REALMENTE ENTENDAM DO ASSUNTO ! PARABÉNS VERA